A década de 70 representou um período crucial e indelével na minha trajetória pessoal e musical. Esses dez anos foram fundamentais para mim, pois moldaram tanto minha expressão artística quanto minha busca espiritual ao longo da minha vida. Essa era foi um momento da humanidade que não mais se repetirá, sendo especialmente marcada pelas transformações das décadas de 60 e 70, um divisor de águas na cultura mundial, deixando um legado que permanece até hoje.
No início dos anos 70, tive meu primeiro contato com a filosofia hinduísta. Cresci em um lar de ideais espiritualistas . Esses princípios espirituais formaram a base do meu entendimento.
Na música, a situação era semelhante. Recém-formado em piano erudito, os estudos clássicos eram parte da minha rotina. Contudo, percebia uma crescente fadiga em relação ao conceito tradicional da música. No final dos anos 60, comecei a explorar o rock psicodélico, mesmo com a escassez de bons discos no Brasil. Ouvia artistas como Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan, The Animals, Free, The Cream, Janis Joplin, Jimi Hendrix, John Lennon e Woodstock, que influenciaram meu gosto musical.
O verdadeiro salto quântico ocorreu em 1970, quando descobri a música contemporânea e compositores vanguardistas como Karlheinz Stockhausen, John Cage, Luciano Berio, Aaron Copland, o grande John Cage e Milhaud. Também foi a época em que conheci Frank Zappa, Led Zeppelin e Deep Purple, grupos que ampliaram minha visão musical. A partir de 1972, me apaixonei pelo rock progressivo, uma fusão perfeita de rock e música erudita que ressoava em minha essência. Tornou-se uma paixão estudar essa fusão e colecionar vinis desses grupos (o termo banda não era usado), uma coleção que ainda preservo.
Grupos como Genesis, Yes, Gentle Giant, Pink Floyd, entre outros, desempenharam papéis fundamentais em minha formação musical. Jethro Tull, em particular, despertou meu interesse pela flauta transversal. Paralelamente, minha busca espiritual se intensificou, levando-me a explorar obras da moderna psicanálise e filósofos contemporâneos como Barry Stevens, John O. Stevens, Alexander Lowen, Eric Fromm Hermann Hesse, Franz Kafka, Timothy Leary, Allen Ginsberg, Aldous Huxley entre muitos outros. No entanto, ainda sentia um vazio. Foi então que, em 1972, encontrei as obras de Allan Watts e Krishnamurti, que me conduziram aos Vedas, ao Bhagavad-Gitã, à música de Ravi Shankar e o pensamento filosófico associado ao hinduísmo. Aprofundei-me nos estudos da cítara e da música Hindustani, das Ragas, dos mantras e da Hatha/Raja Yoga, práticas que continuo a desenvolver até hoje.
Bem... este breve resumo da minha vida serve como introdução à minha música "Govinda — Senhor Supremo". No entanto, neste momento, não encontro palavras que consigam capturar a essência desta canção/mantra - deu um branco! Portanto, deixo essa reflexão em aberto. Convido todos a ouvirem e compartilharem suas impressões comigo. Em breve, prometo escrever e trazer mais pensamentos sobre esta obra na comunidade do canal. Um grande abraço a todos! Om Shanti!
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Imagens: Satyam Barawal por Pixabay
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